Batizado: Parte I...

Eu tenho essa Síndrome de Mulher Maravilha em mim, quero cozinhar, decorar, ser boa mãe e esposa, e ainda estar penteada no final do dia, como uma de Bree Van de Camp ou uma Martha Stewart mais jovem. Mas infelizmente a realidade não funciona assim. Começo assim esse post, para ilustrar a grande frustração que eu passei na última semana.

Eu gosto de festas íntimas e com toques de simplicidade, gosto de coisinhas feitas por mim, algo caseiro mesmo. Festanças não fazem meu estilo. Então quando Thomas fez 3 meses eu já comecei a pensar no Batizado dele. Eu ainda tinha muito tempo para me preparar, planejar, mas no fundo sabia que por mais que eu quisesse, não teria tempo de fazer tudo do jeito que gostaria sozinha. Então por comodidade, falta de tempo e até mesmo de ânimo, eu busquei novamente os serviços de uma empresa na internet que faz tags e lembrançinhas para festas, o mesmo que fiz no Chá de Bebê do Thomas.

Chá de Bebê Thomas - Jan/2011

Fiquei tranqüila, tags para decorar a festa e lembrançinhas já estavam resolvidos. Escolhi bisnaguinhas de brigadeiro, pois são um hit nas festinhas atuais e me concentrei no almoço para 30 pessoas e em preparar a casa para receber a família. Isso foi em 16/07, exatos 3 meses atrás.

A troca de e-mails e informações com a empresa foi sempre muito lenta, 3,4,7 e até mesmo 11 dias para retornar um e-mail! Comecei a ficar preocupada com o tempo.

Layout aprovado e ficou tudo muito fofo, o layout ficou perfeito para um Batizado de um menino e uma menina, a empresa sugeriu o tema ovelinha que eu aprovei. As bolinhas foram minha  sugestão. Olha só como tudo ficou lindinho:



Rótulo das Bisnaguinhas de Brigadeiro

A questão do tempo ainda me preocupava e se não bastasse tudo isso, ainda tinha a greve dos correios.
Resumindo a história, depois de 3 meses, mais de 20 trocas de e-mails e uma série de desencontros, faltando 8 dias para o Batizado eu fiquei sem nada! Sem tags, sem lembrançinhas...nada!!! Se não ia chegar, cancelar foi minha única opção.

Me entristeci, me frustrei, quase desisti! O item n°1 da minha lista, que antes estava aparentemente resolvido pra mim, agora era o meu maior problema. Se em 3 meses eu achei que não conseguiria fazer tudo, imaginem o meu desespero em fazer tudo em apenas 8 dias? Impossível. Justo eu que tinha visualizado tudo tão bonitinho...

Tentei relaxar, olhar pra frente e desisti da decoração, afinal, eu ainda tinha que cozinhar para 30 pessoas sozinha. Mas estava determinada em fazer, pelo menos as lembrançinhas, e ter um registro de algo feito por mim para o Batizado do meu filho.

No meu pouco tempo disponível (Arthur na escola e Thomas na soneca da tarde), eu comprei papel, criei uma tag, juntei fitas, botões, tudo o que eu tinha em casa e tentei bolar uma lembrançinha bem legal. Só comprei os mini-baleiros. E o resultado foi esse aí:

Sobrou um pouco de papel, então resolvi decorar a sobremesa. Encontrei um molde, recortei e ficou assim:

E por último ainda deu tempo de fazer um varalzinho com "cara" de Batizado: pombinhas de EVA para decorar o salão. Por causa da chuva, o local do almoço foi mudado, pois meu quintal, mesmo sendo enorme, não é coberto.

Eu gostei muito do resultado, principalmente porque foi tudo feito por mim e em cima da hora. Eu ainda estava chateada pelo que tinha acontecido, mas não queria desanimar. Afinal, eu ainda tinha um almoço para 30 pessoas para preparar.

Mas tirei de tudo isso uma grande lição: A verdade é que qualquer um pode fazer tags fofas, lembrançinhas personalizadas e tudo mais, só precisa de tempo e dedicação, pois é trabalhoso, mas nada que ninguém possa fazer. Mas a gente contrata um serviço, para aliviar nosso trabalho e não para dar mais trabalho. Se eu posso fazer, farei eu! Só preciso me organizar.

Se eu soubesse que teria que fazer de qualquer jeito, há 3 meses atrás, ao invés de procurar uma empresa para fazer isso, eu mesma teria começado a fazer as coisas devagar, no meu ritmo, sem pressa ou preocupação. A internet está aí cheia de idéias fresquinhas e inspiradoras, vamos fazer bom uso delas e criar, colocar o sangue arteiro para trabalhar.

Meu marido foi um anjo, me ajudou no que podia, ficou com os meninos, lavou a louça pra mim diversas vezes, saiu para buscar o que faltou. Durante a cerimônia do batizado, sentados na igreja, eu olhei pra ele meio deprimida e disse: Queria ter feito algo no meu cabelo para ele ficar mais bonito. Ele olhou pra mim e respondeu: Pense em todas as coisas que você fez, e não nas que não fez. Pois você fez muito!