Psicose: 50 anos...e ainda genial!

Numa época em que grandes clássicos do cinema foram produzidos, existia uma espécie de filme, hoje em extinção: o terror! Pois filmes atuais de terror significam sangue e cabeças decapitadas. Não existe mais a sutileza, a magia de sugerir ou deixar um pouco para a imaginação. Está tudo lá escancarado, explícito para quem quiser ver. O terror de antigamente, continha tensão nas cenas, uma trilha sonora assustadora de fundo, o coração acelerava de ansiedade. Eu cresci vendo clássicos, me lembro de ficar acordada até tarde para ver filmes de terror, e minhas irmãs mais velhas sempre "tapavam" meus olhos nas cenas mais assustadoras, o que era pior, pois eu escutava os gritos, a música tensa e a imaginação me assustava ainda mais. Psicose era um desses filmes (que hoje completa 50 anos), e mostra que bons filmes não ficam velhos.

Uma casa assustadora, uma moçinha não tão "indefesa" assim e um homem atormentado. Receita básica, se não fosse pela genialidade do diretor Alfred Hitchcock, que exigiu o filme em preto e branco, para que o sangue mostrado, não roubasse a cena. Coisa que muito diretor hoje em dia deve aprender.

Janet Leigh e a cena clássica do chuveiro!

Assustadora cena final, Anthony Perkins, perfeito como o psicopata Norman Bates. Alto e esguio, reprimido, inseguro e tímido, e que, ironicamente, de normal não tinha nada.